sábado, 20 de fevereiro de 2010

Declaração de Nascido Vivo - DNV

Foi criada em 1990 e seu formulário passou por diversas modificações, desde então.

A DNV - Declaração de Nascido Vivo - é um documento importante. Com ele a família registra seu filho recém nascido ainda na maternidade e o pai, com cópia, dá entrada em sua licença paternidade, direito a ser recebido em seu trabalho, assim que seu filho nasce.
A DNV é um documento padronizado pelo Ministério da Saúde, pré-numerado e apresentado em 03 (três) vias (uma que vai para a SMS, outra da Unidade e uma que segue para o cartório, onde se registra o recém nascido), de cores diferentes. Deve ser preenchida em todo o território nacional, para todos os nascidos vivos, sejam quais forem as circunstâncias de ocorrência do parto (hospitais, maternidades, serviços de urgência/ emergência, domicílio, vias públicas, veículos de transporte etc.)

A QUEM COMPETE PREENCHER A DNV

A DNV pode ser preenchida por médico, por membro da equipe de enfermagem da sala de parto, do berçário, da unidade de internação ou por outra pessoa previamente treinada para tal fim. Não é obrigatória a assinatura do médico responsável pelo recém-nascido.

1ª Via Branca: Supervisão Técnica de Saúde de ocorrência do nascimento - Secretaria Municipal da Saúde.



2ª Via Amarela: pai ou responsável legal, para obtenção da Certidão de Nascimento junto ao Cartório de Registro Civil ou representante do cartório na maternidade, o qual reterá a via amarela.



3ª Via Rosa: arquivo da unidade de saúde junto a outros registros hospitalares da puérpera ou do recém-nascido.



Lei 8.069, de 13/07/90 do Estatuto da Criança e do Adolescente

Título II, Capítulo I, Art.10 - Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados a:

I - manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais, pelo prazo de 18 anos;
II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão plantar e digital e da impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras formas normatizadas pela autoridade administrativa competente;
III - ...........................................................................
IV – Fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente as intercorrências do parto e do nascimento do neonato.

REFERÊNCIAS:

São Paulo (cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Coordenação de Epidemiologia eInformação – CEInfo. Declaração de Nascido Vivo. Manual de Preenchimento. São Paulo:Secretaria Municipal da Saúde, 2008. 19p.

Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde. Manual de instruções para o preenchimento da declaração de nascido vivo. 3ª ed. Brasília, 2001.

Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, Diretoria de Informação e Comunicação em Saúde. SINASC e SIM: algumas orientações. Salvador, 2003.

Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, Coordenação de Epidemiologia e Informação. Manual de orientações para codificação e digitação de endereço de residência no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – SINASC. São Paulo, 2007.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Paternidade



Maternidade também é Paternidade e quando a mulher engravida o pai da criança também sofre mudanças na gestação.













Gravidez

Quando tudo começa...


e o fato é consumado...


A mulher sofrerá alterações importantes e necessárias em seu corpo:


Existem muitos sintomas de gravidez, uns mais certos que outros; certo também é que muito depende do corpo de cada mulher e de toda a circunstância.

Sinais de presunção
Estes “sinais supostos” são sintomas que, embora possam significar uma gravidez, também podem ser causados por outro sem número de razoes que não a gravidez. Podem também ser sintomas prematuros de uma gravidez.

Falta de menstruação (período)
Náuseas e vómitos (enjoos matinais)
Cansaço inexplicável
Necessidade constante de urinar, especialmente necessidade de urinar mais durante a noite
Maior tendência a infecções urinárias assintomáticas
Sensibilidade no peito
Excessiva salivação (Sialorréia)
Mudanças na pele, como cloasma (máscara da gravidez – escurecimento da pele da fronte, nasal ou maxilares)
Uma sensação de movimento rápido no abdómen
Aumento da temperatura

Sinais prováveis
Este é um grupo de “sinais prováveis” de uma gravidez. Estes são sintomas que, na maioria das vezes, indicam uma gravidez; mas em certos casos podem também não significar uma gravidez, mas sim outro tipo de situação.

Teste de gravidez de urina ou sangue positivo
Amaciamento do cérvix (parte inferior do útero) a partir da 4ª semana
Prurido amarelado na vagina (atenção às infecções)
Coloração azulada ou púrpura do cérvix, vagina e da vulva às 6-8 semanas
Amolecimento do útero e flexibilidade ao toque às 6 semanas
Abdómen maior
Contracções Braxton-Hicks (contracções indolores quase imperceptíveis que aumentam mais perto da altura do parto)
Movimento passivo do feto durante um exame ao mesmo

Sinais de certeza ou positivos
Estes sinais são aqueles que não são confundidos com outra situação, são sinais evidentes que indicam que de facto está grávida. Na maioria dos casos o diagnostico definitivo não se consegue antes do 3º trimestre.

Som fetal ouvido por um aparelho especial chamado doptone ou Doppler
Visibilidade do feto na ecografia
Movimentos do feto sentidos pela ginecologista
Visibilidade do feto em raio-X; ressonância magnética ou outro mecanismo de diagnóstico (o uso destes exames não é aconselhado durante a gravidez mas pode ocorrer por acidente quando a mulher não sabe que está grávida
Testes de gravidez: biológicos, imunológicos, etc; testes que permitem detectar uma gravidez mais precocemente como através da detecção de uma hormona (hcG) no sangue materno e que é produzida a partir do 8º dia de gestação, atingindo um pico no sangue materno aos 65 dias depois da concepção.

Validade destes sinais
Mesmo os sinais supostos são importantes reconhecer para que se comece logo a cuidar do bebé. Mal suspeite estar grávida, cuide melhor de si: elimine o álcool e tabaco, coma saudavelmente, e comece a tomar vitaminas pré-natais. Marque uma consulta numa boa ginecologista para descobrir do que mais necessita para desenvolver um bebê saudável e feliz.

E aí tudo começa a evoluir:


O quadro abaixo faz uma sequência da formação fetal de acordo com o tempo de gestação:

sábado, 13 de fevereiro de 2010

O que define gestação de alto risco?


Gestação de alto risco é definida pela ocorrência de qualquer doença materna ou condição sócio-biológica que pode prejudicar sua boa evolução. Nessa gestação há risco maior para a saúde da mãe e/ou do feto.

Quais são os fatores individuais e sócio-econômicos que indicam uma gestação de alto risco?

· Idade materna menor que 17 anos ou maior que 35 anos

· Altura materna menor que 1,45m
· Exposição a agentes físico-químicos nocivos e estresse

· Má aceitação da gestação

· Situação conjugal insegura

· Baixa escolaridade

· Baixa renda

· Peso materno inadequado

· Dependência de drogas lícitas ou ilícitas


Quais os caracteres de história ginecológica e obstétrica prévia relacionados à gestação de alto risco?

· Gestação ectópica

· Abortamento habitual
· Infertilidade
· Anormalidades uterinas
· Feto morto ou morte neonatal não explicada
· Trabalho de parto prematuro
· Recém nascido de baixo peso
· Neoplasia ginecológica

· Cirurgia uterina anterior
· Hemorragia ou pressão alta em gestação anterior

Quais são as doenças maternas prévias ou concomitantes relacionadas à gravidez de risco?

· Cardiopatia (doença do coração)
· Pneumopatia crônica (doença dos pulmões)
· Doença da tireóide
· Retardo mental
· Doenças sexualmente transmissíveis
· Tumores
· Doenças psiquiátricas
· Epilepsia
· Doenças hematológicas (do sangue)
· Infecções

Quais doenças ou alterações que podem ocorrer durante a gestação relacionadas à gravidez de risco?

· Crescimento uterino maior ou menor do que o esperado
· Gestação gemelar ou múltipla

· Não realização de pré-natal ou pré-natal insuficiente
· Hipertensão associada à gestação
· Diabete associada à gestação
· Ruptura prematura de membranas (ruptura da bolsa antes de 37 semanas)
· Isoimunização (doença do RH)
· Ganho de peso excessivo


Gestação complicada pelo Diabetes mellitus



Diabetes mellitus define um grupo de alterações genéticas e clinicamente heterogêneas que têm em comum a intolerância aos carboidratos. A gestação é considerada diabetogênica porque se caracteriza pela resistência à insulina, associada ao aumento dos níveis séricos de estrogênio, prolactina, progesterona, cortisol e somatomamotrofina coriônica, visando manter constante o suprimento de glicose para o feto. Na gestação normal isto é compensado pelo aumento da secreção pancreática de insulina. Nas pacientes com alterações no metabolismo dos carboidratos prévias à gestação e nas que não se ajustam às alterações próprias da gravidez, a elevação da glicemia materna acarreta hiperglicemia e hiperinsulinemia fetal, levando a um aumento da morbimortalidade perinatal.

Os avanços observados nas últimas duas décadas nas áreas de obstetrícia e pediatria e a melhoria do controle glicêmico durante a gestação levaram a uma significativa diminuição da morbimortalidade perinatal associada ao diabetes na gravidez. No entanto, complicações neonatais como membrana hialina, macrossomia (peso ao nascer > 4.000 gramas), hipocalcemia, hiperbilirrubinemia, policitemia (elevado número de eritrócitos no sangue) e hipomagnesemia ainda atingem 25% dos recém-nascidos de mães diabéticas e as malformações congênitas superam em quase três vezes aquelas observadas na população geral e contribuem como a principal causa de mortalidade perinatal. Para minimizar as condições adversas, a paciente diabética deve ser orientada a planejar suas gestações, de modo que os níveis glicêmicos estejam normalizados antes mesmo da concepção e durante a gestação o controle pré-natal deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar de assistência. A gravidade destes casos requer ações prementes na área de saúde voltadas ao esclarecimento da população quanto à importância do controle pré-natal e na orientação dos profissionais de saúde para o encaminhamento precoce da gestante diabética aos serviços de atenção terciária.

Gestação complicada por doença hipertensiva específica da gravidez (DHEG)

A doença hipertensiva específica da gravidez (DHEG), na sua forma pura, caracteriza-se pelo aparecimento, em grávida normotensa, após a vigésima semana de gestação, da tríade sintomática: hipertensão, proteinúria e edema. É uma doença incurável, exceto pela interrupção da gravidez, e pode evoluir para quadros ainda mais complexos, como eclâmpsia, síndrome HELLP (haemolysis, elevated liver enzyme activity, low platelets) ou CID (coagulação intravascular disseminada). As alterações hemodinâmicas observadas na gravidez normal, que incluem ajustes na fisiologia renal e cardiovascular, não ocorrem na DHEG. A manifestação mais característica dessa doença é uma acentuada vasoconstrição arteriolar, que acarreta um aumento da resistência vascular periférica e tem como conseqüência imediata o aparecimento da hipertensão. Um dos mecanismos compensatórios da hipertensão consiste na perda de plasma para o espaço extravascular, o que resulta no aparecimento de edema. A retração do volume plasmático na DHEG, no entanto, pode preceder a hipertensão. Com a evolução da doença, há um comprometimento da perfusão de vários órgãos, como placenta, rins, fígado, cérebro e pulmões. A retração do volume plasmático tem também como conseqüência a hemoconcentração, que compromete a velocidade do fluxo sangüíneo, favorecendo a ativação das plaquetas e a coagulação do sangue. Dessa forma, a hipercoagulabilidade evidenciada na gravidez normal acentua-se enormemente na DHEG.

A determinação de parâmetros hemostáticos com um valor preditivo no diagnóstico e prognóstico da DHEG é altamente desejável, considerando- se que o diagnóstico desta doença é difícil de ser estabelecido e, muitas vezes, essencialmente clínico. Embora diversos marcadores laboratoriais tenham sido relatados na literatura como promissores no auxílio ao diagnóstico da DHEG, há muita controvérsia quanto à sua utilidade, e nenhum deles é plenamente aceito. A investigação de mutações genéticas que favorecem o desenvolvimento de eventos tromboembólicos, em mulheres que manifestaram a DHEG, seguida da avaliação hemostática utilizando-se marcadores trombóticos, parece ser de grande importância para o planejamento de gestações futuras.


REFERÊNCIAS:

http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v20n4/a04v20n4.pdf
http://www.scielo.br/pdf/jped/v81n1/v81n1a10.pdf
http://www.scielo.br/pdf/jbpml/v37n4/a08v37n4.pdf
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?208

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

CARTILHA DE PRÉ-NATAL, PARTO E PÓS-PARTO - MS

Material didático oferecido pelo Ministério da Saúde as Unidades básicas, de realização da UNICEF e financiado pelo Criança Esperança entre outros apoios:
É uma cartilha de bom entendimento, pois utiliza uma linguagem fácil e simples, com informaçoes essenciais para a gestante e seus familiares.









































































































































Essa cartilha você só encontra nas unidades de saúde ou nos PSFs. Foi produzido exclusivamente sem fins lucrativos, para distribuição gratuita para essas unidades utilizarem com objetivo informativo e educacional.